sábado, 10 de novembro de 2012

Usar combustível de foguetões em carros comerciais pode ser o caminho a seguir

"As buscas por alternativas a combustíveis fósseis continuam e desta vez é a parceria entre a Agência Espacial Europeia e a construtora austríaca MagnaSteyr que tem honras de destaque. O objetivo é usar hidrogénio para alimentar os motores de carros. A ideia não é propriamente inovadora, com a BMW a ter produzido há alguns anos o Hydrogen 7, um veículo movido a hidrogénio líquido, mas que nunca chegou a entrar numa fase de produção massiva. Contudo, esta nova parceria pretende eliminar vários dos problemas que este tipo de combustíveis tem e torná-la mais prática.
O hidrogénio, em teoria, é uma excelente fonte de energia alternativa. É um elemento que existe em abundância, ao contrário dos metais pesados usados nas baterias dos automóveis elétricos, e, ainda dentro desta comparação, não apresenta os mesmos problemas de “reciclagem” já que é uma energia com uma fusão completamente limpa (a única emissão de um motor a hidrogénio líquido é vapor de água). Claro que também tem as suas desvantagens. A molécula de hidrogénio é a mais pequena do Universo, o que torna muito difícil mantê-la estável. No caso dos foguetões, é necessário manter hidrogénio líquido armazenado a temperaturas muito baixas (-253 ºC) e fornecê-lo cuidadosamente aos motores. O desafio para os fabricantes de automóveis está na forma de utilizar esta energia. É necessário manter uma refrigeração constante e o depósito de armazenamento tem requisitos bastante elevados, como uma zona completamente selada e sem frinchas para que o hidrogénio não evapore.
Como já mencionámos, este tipo de sistema já tinha sido aplicado pela BMW no modelo Hydrogen 7. Esta experiência ofereceu informações vitais sobre as limitações deste tipo de sistema numa situação real. Um dos maiores problemas é o facto de o hidrogénio líquido entrar em estado gasoso quando é aquecido. Isto significa que deixar o carro estacionado durante duas semanas seria o suficiente para esvaziar o depósito. Outro dos problemas é a quantidade de bombas que suportam esta tecnologia. Segundo o comunicado oficial da ESA, só existem dez bombas em todo o mundo com o equipamento necessário para transferir hidrogénio líquido para um veículo motorizado. “A longo prazo, o hidrogénio será uma das nossas soluções de mobilidade”, comenta Ralph Huber, porta-voz da BMW.!
Fonte: Quero Saber

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